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Pinguins: quantas espécies existem?

Autores: Raphaela A. Duarte Silveira, Fernanda C. Jeronimo, Thais R. Semprebom e Douglas F. Peiró


Colônia de pinguim-rei Aptenodytes patagonicus. Fonte: Terri Stalons/Pixabay.



Os pinguins pertencem à única família da ordem Sphenisciformes, Spheniscidae. O número de espécies de pinguins ainda é discutido pelos pesquisadores. Por muitos anos esse número permaneceu estável em 17, entretanto, a maioria dos pesquisadores reconhece que a família possui 18 espécies. Outros acham que esse número é até maior. Essas espécies se dividem em seis gêneros: Eudyptes, Megadyptes, Eudyptula, Pygoscelis, Aptenodytes e os Spheniscus. Vamos conhecer cada uma dessas espécies.



GÊNERO Aptenodytes


- Aptenodytes forsteri (pinguim-imperador): é a maior espécie de pinguim. É uma espécie marinha e pelágica. Mede até 1,2 m de altura, com peso entre 27 a 41 kg. Alimenta-se principalmente peixe, mas krill e cefalópodes podem ser componentes importantes na dieta. Sua distribuição é circumpolar no continente Antártico. É uma espécie 'Quase ameaçada' na categoria da IUCN.

Pinguim-imperador Aptenodytes forsteri. Fonte: © Douglas Cabral, Instituto Bióicos 2021.



- Aptenodytes patagonicus (pinguim-rei): é a segunda maior espécie, ficando atrás somente do pinguim-imperador. Mede cerca de 94 cm e pesa entre 13,5 a 16 kg. Sua alimentação é principalmente peixes, mas ocasionalmente podem se alimentar de cefalópodes também. Sua distribuição ocorre em ilhas e penínsulas subantárticas. Sua categoria da IUCN é 'Pouco preocupante'.

Pinguim-rei Aptenodytes patagonicus. Fonte: © Douglas Cabral, Instituto Bióicos 2021.



GÊNERO Pygoscelis


- Pygoscelis papua (pinguim-papua ou gentoo): é a terceira maior espécie de pinguins, medindo entre 61 a 76 cm e pesando entre 5,5 e 6,4 kg. Alimenta-se de forma oportunista e preda predominantemente crustáceos, peixes e lulas. Sua distribuição ocorre na Antártica e ilhas subantárticas, como Ilhas Falkland, South Georgia, Sandwich, entre outras, e a Patagônia Argentina abriga a única colônia reprodutiva continental dessa espécie. Sua categoria na IUCN é 'Pouco preocupante'.

Pinguim-papua ou gentoo Pygoscelis papua. Fonte: © Douglas Cabral, Instituto Bióicos 2021.



- Pygoscelis antarcticus (pinguim-antártico ou pinguim-de-barbicha): esse pinguim mede entre 46 a 61 cm, pesa até 4 kg e alimenta-se principalmente de krill, mas pode suplementar sua dieta com peixes e lulas. Sua distribuição é circumpolar Antártica e em ilhas subantárticas. Sua categoria na IUCN é 'Pouco preocupante'.

Pinguim-antártico Pygoscelis antarcticus. Fonte: © Douglas Cabral, Instituto Bióicos 2021.



- Pygoscelis adeliae (pinguim-de-Adélia): mede entre 46 a 61 cm e pesa entre 3,6 a 4,5 kg. Sua alimentação é composta principalmente por krill, peixes, anfípodas e cefalópodes. Sua distribuição ocorre na região circumpolar da Antártica. É uma espécie 'Pouco preocupante' na categoria da IUCN.

Pinguim-de-Adélia Pygoscelis adeliae. Fonte: © Douglas Cabral, Instituto Bióicos 2021.



GÊNERO Eudyptes


- Eudyptes pachyrhynchus (pinguim-de-crista-de-Fiordland): esse pinguim mede até 61 cm, pesa entre 2,5 a 3 kg e alimenta-se principalmente de lulas, seguido de krill e peixes. Ocorre nas ilhas subantárticas e na Nova Zelândia e sua categoria pela IUCN é 'Vulnerável'.

Pinguim-de-crista-de-Fiordland Eudyptes pachyrhynchus. Fonte: © Douglas Cabral, Instituto Bióicos 2021.



- Eudyptes robustus (pinguim-de-crista-de-Snares): com até 64 cm, peso entre 2,5 a 3 kg, alimenta-se principalmente por peixes e lulas. Sua distribuição ocorre no sul da Nova Zelândia, nas ilhas Snares, o que deu origem ao seu nome comum. Está categorizado com 'Vulnerável' pela IUCN.

Pinguim-de-crista-de-Snares Eudyptes robustus. Fonte: © Douglas Cabral, Instituto Bióicos 2021.



- Eudyptes sclateri (pinguim-de-crista-ereta): esse pinguim pode alcançar até 64 cm, pesar entre 2,5 a 3,5 kg e alimenta-se de lula, krill e peixes. Sua distribuição ocorre na costa sul da Austrália e Nova Zelândia, nas Ilhas Antípodas e Bounty. Sua categoria pela IUCN é 'Em perigo'.

Pinguim-de-crista-ereta Eudyptes sclateri. Fonte: © Douglas Cabral, Instituto Bióicos 2021.



- Eudyptes chrysolophus (pinguim-de-testa amarela ou pinguim-macaroni): com seus 51 a 61 cm de altura, pesa até 4,5 kg e alimenta-se de krill e peixes. Distribui-se em ilhas subantárticas nos oceanos Atlântico Sul e Índico. Pela IUCN está categorizado como 'Vulnerável'.

Pinguim-de-testa-amarela Eudyptes chrysolophus. Fonte: © Douglas Cabral, Instituto Bióicos 2021.



- Eudyptes schlegeli (pinguim-real): antes considerado uma subespécie do pinguim-macaroni, esse pinguim mede entre 66 e 76 cm, pode pesar até 5,5 kg e alimenta-se de krill e lulas. Sua distribuição ocorre nas Ilhas Macquarie, Bishop e Clerk no oceano Antártico e está categorizado pela IUCN como 'Quase ameaçada'.

Pinguim-real Eudyptes schlegeli. Fonte: © Douglas Cabral, Instituto Bióicos 2021.



- Eudyptes moseleyi (pinguim-de-penacho-amarelo-do-norte): mede entre 41 a 46 cm, pesa até 2,5 kg e sua alimentação consiste principalmente em crustáceos, mas também se alimentam de peixes e cefalópodes. Distribui-se pelas ilhas subantárticas dos oceanos Atlântico Sul e Índico. Sua categoria na IUCN é 'Em perigo'.

Pinguim-de-penacho-amarelo-do-norte Eudyptes moseleyi. Fonte: © Douglas Cabral, Instituto Bióicos 2021.



- Eudyptes chrysocome (pinguim-de-penacho-amarelo-do-sul ou pinguim-saltador-da-rocha): mede entre 41 a 46 cm, pesa até 2,5 kg e alimenta-se de peixes, crustáceos e cefalópodes. Sua distribuição ocorre nas ilhas subantárticas dos oceanos Atlântico Sul, Índico e Pacífico. Sua categoria pela IUCN é 'Vulnerável'.

Pinguim-de-penacho-amarelo-do-sul Eudyptes chrysocome. Fonte: © Douglas Cabral, Instituto Bióicos 2021.



GÊNERO Megadyptes


- Megadyptes antipodes (pinguim-de-olhos-amarelos): podendo chegar a 76 cm de altura, essa espécie pesa até 6 kg e alimenta-se de peixes e lulas. Sua distribuição ocorre no sudeste da Nova Zelândia e está categorizada como 'Em perigo' pela IUCN.

Pinguim-de-olhos-amarelos Megadyptes antipodes. Fonte: © Douglas Cabral, Instituto Bióicos 2021.



GÊNERO Eudyptula


- Eudyptula minor (pinguim-azul): é a menor espécie de pinguim, chegando a até 41 cm de altura, com peso de até 1 kg. Sua alimentação consiste principalmente em peixes, mas pode se alimentar de cefalópodes e krill. Distribui-se pelo sul da Austrália e Nova Zelândia. Sua categoria pela IUCN é 'Pouco preocupante'.

Pinguim-azul Eudyptula minor. Fonte: © Douglas Cabral, Instituto Bióicos 2021.



GÊNERO Spheniscus


- Spheniscus demersus (pinguim-africano): pode medir entre 61 e 71 cm de altura e pesar até 3 kg. Alimenta-se de peixes, lulas e crustáceos. Essa espécie é restrita ao sul da África e sua categoria pela IUCN é 'Em perigo'.

Pinguim-africano Spheniscus demersus. Fonte: © Douglas Cabral, Instituto Bióicos 2021.



- Spheniscus humboldti (pinguim-de-Humboldt): mede entre 56 e 66 cm, pesa até 4 kg e alimenta-se principalmente de peixes. Sua distribuição ocorre ao longo das costas do Peru e do Chile e está categorizado pela IUCN como 'Vulnerável'.

Pinguim-de-Humboldt Spheniscus humboldti. Fonte: © Douglas Cabral, Instituto Bióicos 2021.



- Spheniscus magellanicus (pinguim-de-Magalhães): medindo entre 61 e 71 cm e pesando até 5 kg, alimenta-se de peixes, crustáceos e lulas. Sua distribuição ocorre nas regiões temperadas da América do Sul, tanto no oceano Atlântico quanto no Pacífico. Esta espécie visita as águas territoriais brasileiras e eventualmente alguns indivíduos debilitados que se perderam do grupo aparecem em nossa região litorânea Sul e Sudeste. Sua categoria pela IUCN é 'Quase ameaçada'.

Pinguim-de-Magalhães Spheniscus magellanicus. Fonte: © Douglas Cabral, Instituto Bióicos 2021.



- Spheniscus mendiculus (pinguim-de-Galápagos): essa espécie é restrita às Ilhas Galápagos, no Equador, o que deu origem ao seu nome comum. Mede até 53 cm de altura, pode pesar até 2,5 kg e alimenta-se de peixes. Sua categoria pela IUCN é 'Em perigo'.

Pinguim-de-Galápagos Spheniscus mendiculus. Fonte: © Douglas Cabral, Instituto Bióicos 2021.




Bibliografia


DUARTE SILVEIRA, R. A.; JERONIMO, F. C.; SEMPREBOM, T. R. e PEIRÓ, D. F. E-books de Biologia Marinha - Pinguins: biologia, ecologia e conservação. Instituto de Biologia Marinha Bióicos. Ubatuba-SP, Brasil, Editora Bióicos, 2ª edição, 2022.

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há um dia

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